Como psicólogo(a) que gerencia seu próprio consultório, você sabe que além de fornecer cuidados essenciais aos seus pacientes, é necessário lidar com diversas questões empresariais, inclusive conhecer o funcionamento dos impostos para psicólogos.
Entre essas questões, a gestão dos impostos exerce um papel crucial na saúde financeira do seu consultório.
Por isso neste artigo, vamos explorar uma estratégia inteligente que se aplicada pode trazer economias interessantes nos seus impostos, permitindo que você invista em seu crescimento profissional e no aprimore os serviços oferecidos aos seus pacientes.
Implementando essa estratégia eficaz, você poderá aproveitar as possibilidades de redução da carga tributária disponíveis na legislação, e com isso otimizar seus recursos financeiros, garantindo uma administração eficiente do seu consultório.
Vamos descobrir como economizar com sabedoria no complexo mundo dos impostos?
Tópicos que serão vistos neste artigo:
- Quais os impostos pagos por Psicólogos
- Simples Nacional para Psicólogos
- Tabelas de Tributação do Simples Nacional
- Fator R como estratégia tributária para Consultórios de Psicologia
- Aderindo ao Fator R
- Exemplos de uso do pró-labore para adesão ao Fator R
- Cenário 1: Consultório de Psicologia sem pró-labore tributada no anexo V
- Cenário 2: Consultório de psicologia com pró-labore tributada no Anexo III
- Quanto um consultório de Psicologia economiza em um ano utilizando o fator R
- Exemplos de uso do pró-labore para adesão ao Fator R
- Conclusão
Quais os impostos para Psicólogos
Ao abrir um CNPJ, os profissionais de psicologia estão sujeitos ao pagamento de vários impostos e contribuições, tais como:
- Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ)
- Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
- Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins)
- Contribuição para o PIS/Pasep
- Contribuição Patronal Previdenciária (CPP)
- Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).
Para fins deste artigo não faz sentido explicarmos cada um dos impostos acima, uma vez que todos estão inclusos no Simples Nacional que será o regime tributário utilizado na estratégia apresentada.
Por outro lado, é importante conhecermos um pouco como esse regime tributário funciona para os psicólogos para então entendermos como é possível economizar impostos com essa estratégia.
Simples Nacional para Psicólogos
Quando falamos de tributação para consultórios de psicologia no Simples Nacional devemos saber que existem duas formas de tributação possíveis.
Para descobrir qual a forma de tributação deverá ser adotada, duas variantes são consideradas, o faturamento da empresa e o valor gasto com pessoal.
Por isso, antes de chegarmos à estratégia tributária em si vamos entender rapidinho a diferença entre estas duas formas de tributação que os psicólogos precisam estar atentos além da relação delas com os gastos com pessoal.
Tabelas de Tributação do Simples Nacional
Um consultório de psicologia pode ser tributado no anexo III do Simples Nacional com alíquotas que variam de 6% à 33% ou no anexo V do Simples Nacional com alíquotas de 15,5% a 30,5%.
Nem é preciso fazer cálculos para entender que o anexo III é mais vantajoso, porém ele só pode ser utilizado se um critério for cumprido pela empresa.
É exatamente a razão entre o faturamento da empresa e os gastos com pessoal.
Por isso, o planejamento tributário aqui deve considerar um item chamado fator R.
Entenda melhor o que é e como funciona o fator R.
Fator R como estratégia tributária
Quando o gasto com folha de pagamento da empresa de psicologia é igual ou maior que 28% do seu faturamento ela pode pagar o Simples Nacional por meio do anexo III com alíquotas que variam de 6% a 33%.
No entanto, quando isso não ocorre, a tributação tem que ser no anexo V, com alíquotas variando entre 15,5% e 30,5%.
Essa regra tem um grande impacto, principalmente em consultórios de psicologia em início de atividade, uma vez que tendem a ter menos gasto com pessoal.
Por este motivo, pode ser mais vantajoso para o psicólogo optar pela tributação no regime tributário do Lucro Presumido.
Essa vantagem ou desvantagem no entanto deve ser discutida com um contador dentro de um planejamento tributário.
Precisa de ajuda para tomar essa decisão?
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Impostos para psicólogos: Aderindo ao Fator R
Neste ponto você já sabe o que é o fator R e como ele pode fazer seu consultório de psicologia pagar mais ou menos impostos.
Mas a questão é, o que pode ser feito para alcançar os 28% de gastos com pessoal de forma estratégica e pagar menos impostos no anexo III?
A resposta envolve, claro, o seu faturamento médio mensal e o seu gasto com pessoal.
Um fator importante muitas vezes desconsiderado por muitos psicólogos é o Pró-Labore, que nada mais é que o salário do sócio que trabalha na própria empresa.
Isso mesmo, o pró-labore também entra no valor total da folha de pagamento e pode ser o incremento que faltava para que a sua folha de pagamentos alcance os 28% do seu faturamento mensal.
Desse modo constituir um pró-labore passa a ser crucial dentro da sua estratégia tributária e vamos dar um exemplo para melhorar a sua visualização.
Exemplos de uso do pró-labore para adesão ao Fator R
Para isso vamos imaginar dois cenários distintos para a sua empresa de psicologia.
Cenário 1: Consultório de Psicologia sem pró-labore tributada no anexo V
Seu consultório recém aberto tem um faturamento no primeiro mês de R$ 13 mil, você tem uma recepcionista que também cuida de algumas tarefas administrativas para quem você paga um salário de R$ 1.500,00 mensais
Neste exemplo não existe um pró-labore mensal instituído para você como sócio.
Os dados então seriam os seguintes:
Faturamento Bruto Anual: R$ 13.000,00
Simples Nacional a Pagar no Anexo V: R$ 2.015,00
Despesas com Folha de Pagamento:
Salário Bruto: R$ 1.500,00
FGTS: R$ 120,00
Total: R$ 1.620,00
Dividindo o valor total da folha pelo valor do faturamento e multiplicando o resultado por 100 encontraremos o valor de 12,46%.
Ou seja, a despesa com folha de pagamento neste caso é menor que 28% do faturamento e por isso a empresa deve seguir sendo tributada no anexo V e pagando um mínimo de 15,5% do seu faturamento de impostos.
Agora o que acontece se incluímos aí um pró-labore para o psicólogo sócio do consultório?
Cenário 2: Consultório de psicologia com pró-labore tributada no Anexo III
Aqui vamos considerar os mesmos dados do cenário 1, porém adicionando um pró-labore de R$ 2.300,00.
Os dados então seriam os seguintes:
Faturamento Bruto Anual: R$ 13.000,00
Simples Nacional a Pagar no Anexo III: R$ 780,00
Despesas com Folha de Pagamento:
Salário Bruto: R$ 1.500,00
FGTS: R$ 120,00
Pró-Labore: R$ 2.300,00
Total: R$ 3.920,00
Neste caso o total de gasto com folha de pagamento passa a representar 30,15% da receita mensal de R$ 13.000,00.
Salientando que sobre o valor do pró-labore seria pago apenas o valor de R$ 253,00 de INSS retido dos próprios rendimentos do sócio.
Vamos entender qual a economia total?
Quanto um consultório de Psicologia economiza em um ano utilizando o fator R.
No nosso exemplo em um único mês a economia de impostos seria de R$ 1.235,00. Se considerarmos um cenário idêntico para todo o ano, a economia em doze meses seria de R$ 14.820.
| Tributação sem Pró-Labore (anexo V) | Tributação com Pró-Labore (anexo III) | ||
| Simples a Pagar | R$ 2.015,00 | Simples a Pagar | R$ 780,00 |
Quanto ao pró-labore pago ao sócio é um valor que seria pago de qualquer forma, só que como distribuição de lucros.
Já o INSS de R$ 253 descontado sobre o pró-labore mensalmente somaria R$ 3.036,00 em 12 meses.
Assim ainda seria uma economia de mais de R$ 10 mil reais em um ano com essa estratégia.
Impostos Para Psicólogos Conclusão
A nossa intenção com o artigo de hoje foi mostrar como um planejamento tributário pode ajudar seu consultório de psicologia a evitar prejuízos com o pagamento indiscriminado de impostos.
Esperamos ter alcançado esse propósito e queremos ouvir sua opinião a respeito.
Também estamos a sua inteira disposição para discutirmos a estratégia tributária adotada atualmente pelo seu consultório.
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